Na imensidão destas ricas faunas e terras,
Esmerada prudência se impõe ao diuturno agir,
Para não sucumbir nem aos animais e às feras,
E a integridade da relativa “paz e bem” garantir.
Não convém encantar-se com a imprudência,
De ousar traçar
o caminho na frente das onças,
Ou do lado
das antas, aquelas geringonças,
Menos ainda,
ficar atrás das mulas coiceiras,
Ou
delongar-se com as sucuris tão lisonjeiras.
Tampouco,
convém engraçar-se com capivaras,
Pois, atrás
delas, vêm queixadas aos milhares.
Nem convém
fitar os olhos nas pernósticas Emas,
Para não
perder o maravilhoso canto das Seriemas.
Ainda convém
evitar o bando de corocas fofoqueiras,
E as dramatizadas
trelas das histriônicas carpideiras.
Pouco seguro
é tentar subir em arbustos e em árvores,
Mesmo nas lisas
e chamadas de “escorrega-macacos”,
Ou aliar-se à
tagarelice dos papagaios e voar pelos ares,
Ou, ainda,
conformar-se à vida das gaiolas enfeitadas,
A fim de precaver-se
da incontida voracidade dos gatos,
Para assegurar
o pão, com alguns olhares de comiseração.
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