sábado, 10 de maio de 2025

VOZES ESTRANHAS

 

 

Não procedentes do além,

E nem da alma de alguém,

Mas do homem mandante,

Em seu delírio governante.

 

Promessa de bom desvelo,

Acaba em tanto desmazelo,

E deixa de ser hospitaleira,

Para ser flor que não cheira.

 

Não escuta a voz do âmago,

Mas esta que vem do afago,

Dos ricos bem interesseiros,

Para ampliar seus carreiros.

 

Seguem velha noção bíblica,

E agem na repartição pública,

Não para orientar as ovelhas,

Mas guiá-las às suas quelhas.

 

Adoram desunir e dispersar,

Para mais e melhor devassar,

A favor de si e do seu grupo,

E esperar o lisonjeado apupo.

 

Concepção de ovelha e pastor,

Eleva-os no traço de impostor,

Para manipular as consciências,

E deixa-las nas subserviências.

 

Infantilizam para a submissão,

Induzem para passiva reação,

Atrofiam genuína autonomia,

Para evitar crítica à sua mania.

 

Longe de auscultar as ovelhas,

E de escutar suas vozes tralhas,

Ouvem só voz de conveniência,

Bem favorável à sua leniência.

 

 

 

 

 

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