As palavras mágicas para consumo,
Como macio, suave, e supra-sumo,
Remetem às da alta sugestão: novo,
E, com ele, “inovar” para o renovo.
Promessa boa associada ao inovar,
Produz obcecado culto ao renovar,
Seja na política, indústria ou culto,
Ou agropecuária pelo poder oculto.
Inovar, a ordem dada a incorporar,
Faz quebrar a anterioridade do lar,
Sob a promessa de facilitar a vida,
Com uma novidade engrandecida.
Até a convocação de ato religioso,
Agrega a magia de algo prodigioso,
Porque será novo, belo e inovado,
A fim de atrair um grande legado.
No recurso da tecnologia inovada,
Faz-se poderosa oferta motivada,
Com sorte, lucro, dinheiro e poder,
Para o contínuo auto-transcender.
A alta voracidade pelo que é novo,
Oculta o passado cultural do povo,
Sob o sonho do benefício inovador,
E relega valioso processo agregador.
Quando tudo deve mover inovação,
A ordem onipresente é contradição,
Porque na grande oferta açucarada,
Oculta-se o lixo da vida descartada.
Inovação, a ordem inquestionável,
Leva a deslize do quanto é estável,
E sem a memória da história vivida,
Futuro vegeta como verme suicida.
Conduzidos pelo culto à novidade,
Os passivos reféns da efemeridade,
Revelam-se evasivos e superficiais,
Sem interioridade de dotes naturais.
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