sábado, 24 de maio de 2025

ORDEM PARA INOVAR

 

 

As palavras mágicas para consumo,

Como macio, suave, e supra-sumo,

Remetem às da alta sugestão: novo,

E, com ele, “inovar” para o renovo.

 

Promessa boa associada ao inovar,

Produz obcecado culto ao renovar,

Seja na política, indústria ou culto,

Ou agropecuária pelo poder oculto.

 

Inovar, a ordem dada a incorporar,

Faz quebrar a anterioridade do lar,

Sob a promessa de facilitar a vida,

Com uma novidade engrandecida.

 

Até a convocação de ato religioso,

Agrega a magia de algo prodigioso,

Porque será novo, belo e inovado,

A fim de atrair um grande legado.

 

No recurso da tecnologia inovada,

Faz-se poderosa oferta motivada,

Com sorte, lucro, dinheiro e poder,

Para o contínuo auto-transcender.

 

A alta voracidade pelo que é novo,

Oculta o passado cultural do povo,

Sob o sonho do benefício inovador,

E relega valioso processo agregador.

 

Quando tudo deve mover inovação,

A ordem onipresente é contradição,

Porque na grande oferta açucarada,

Oculta-se o lixo da vida descartada.

 

Inovação, a ordem inquestionável,

Leva a deslize do quanto é estável,

E sem a memória da história vivida,

Futuro vegeta como verme suicida.

 

Conduzidos pelo culto à novidade,

Os passivos reféns da efemeridade,

Revelam-se evasivos e superficiais,

Sem interioridade de dotes naturais.

 

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