Celebrar o dia das mães,
Aponta tantas mamães,
Feitas vítimas indefesas,
Ante machistas cruezas.
Nem todas são virtuosas,
Santificadas e prodigiosas,
Mas o céu estrelado reluz,
Pelo que tanta mãe produz.
Nas admiráveis qualidades,
Seus tantos gestos amáveis,
A expressar genuíno amor,
Também tinem em clamor.
Providas dum dom especial,
Entre homens pouco usual,
Sabem escutar na paciência,
Larga glória e impertinência.
Escuta com a hospitalidade,
Transcende tanta maldade,
Na renúncia à ideia própria,
Para evitar razão imprópria.
Intuição por entendimento,
Leva-as a apontar um alento,
Para além do ódio cultivado,
Pelo amor humano reatado.
Sob tanto homem que mata,
Que dispersa e logo desacata,
Mães movem união e cuidado,
Para reagregar o desagregado.
Homens, dragões de morte,
E militarismo de braço forte,
Desunem na ordem racional,
Sem cultivar amor emocional.
Mães, a recuperar este amor,
Apesar do seu nato pundonor,
Tornam-se vítimas coisificadas,
Ante as machistas leis sagradas.
Fito em sociedades matrísticas,
O antídoto das forças balísticas,
Faz sonhar com mundo inovado,
Sem tanta guerra por todo lado.
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