sexta-feira, 23 de maio de 2025

FEIÇÃO DE INDIFERENÇA

 

 

A indução massiva à adoração cega,

De influenciadores de exibição frega,

Que ostentam fortunas apreciáveis,

Cria relações mórbidas e detestáveis.

 

Seres conduzidos no cego consumo,

Não se perguntam pelo elã do rumo,

Mas anseiam domínio e acumulação,

Para serem meritórios na ostentação.

 

Crescente frieza ante a vida humana,

De milícias, gangues e guerra insana,

Reflete, cada dia mais, o pífio modo,

De tratar ser humano como um lodo.

 

Mero objeto de moldagem submissa,

Decide-se sobre ele na clara injustiça,

E nada importam os seres eliminados,

Nem atrocidade de mandantes irados.

  

Tanto olhar impregnado de rejeição,

Traço estranho da humana condição,

Entre os incontáveis apelos de amor,

Não protagoniza gestos de pundonor.

 

Interagir contrário ao gesto de amar,

Solta um veneno que anula o alamar,

Exterioriza toda recusa de empenho,

E manifesta ar antipático e ferrenho.

 

Na indiferença não importa verdade,

Mas, um estereótipo da banalidade,

Sobreposta à educação socializadora,

E à paz e justiça, para rota redentora.

 

Situada na eira dos limites do horror,

Indiferença, surda ao humano clamor,

Torna-se chave para a vasta maldade,

E um fermento para a insensibilidade.

 

O desdém com frieza no trato alheio,

Gesta tanto desconforto e saracoteio,

Que todo cuidado pela consideração,

Não desencadeia empatia e atenção.

 

Indiferença castra todo bom humor,

O senso necessário ao grato pendor,

E torna a vida vazia de bom cuidado,

Enchendo-a de rígido ar enferrujado.

 

Ocupa o belo lugar da cordialidade,

E achata o indivíduo e a sociedade,

Pois, sem o senso de consideração,

Vive do descaso na injusta solução.

 

 

 

 

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