Momento humano crítico e doloroso,
Contradiz esperado desvelo bondoso,
Dos que supõem mandar no planeta,
E o degradam, sob horripilante treta.
Na Igreja católica se espera pastor,
Sensível a sofrido anseio redentor,
De tanta vítima humana explorada,
O que fruir de império em queda?
O hegemônico do império reinante,
Insensível a sofrimento dominante,
Todo incapaz de sentir compaixão,
Exibe-se como midiático fanfarrão.
Faz do Estado a sua democratura,
E na contradição da sua ditadura,
Vive sob delírio da sua ingerência,
Para dominar a mundial gerência.
Nada de sentir cheiro das ovelhas,
E agregar, desde feridas, às velhas,
Torna-se ele cúmplice da limpeza,
De raças e povos na cruel sutileza.
Decreta humanos como mero lixo,
Intrometido no seu sofrido nicho,
Para reprimi-los e força-los a êxodo,
E se sentir o rei do melhor denodo.
O que faz, com Israel, contra Gaza,
Cisjordânia, Sudão a produzir brasa,
De humanos rejeitados e ignorados,
Jamais poderá produzir bons legados.
Cada dia menos escutada a sua voz,
Nada arruma com vociferação atroz,
Porque sua noção de paz autoritária,
Não gesta e nem cria ação solidária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário