Gatinho pequeno, leva
um certo tempo para distinguir afago, carinho ou ameaça de agressão. Por isso,
mostra os dentes diante de qualquer aproximação humana.
Aos poucos o gatinho em
crescimento, consegue discernir estima da agressão e passa a mostrar menos os
dentes. No entanto, o dente de gato, comparado ao humano, ainda leva vantagem
larga, pois, mesmo minúsculo em relação ao humano, destroça osso, além de outros
alimentos sólidos e consistentes.
O que até o momento
ainda não se pode observar é a necessidade de gato precisar de serviços
dentários, mesmo não escovando seus dentes, e, nem utilizando cremes para
protege-los de bactérias corrosivas.
Por conseguinte, com
seus dentes sempre vistosos, brancos, sem cáries, os gatos desafiam a simbiose:
vão aproximar-se das fragilidades dos dentes humanos, ou vão os humanos
regredir nos modos alimentares, para consumir menos açúcar, e viver com dentes
similares aos dos gatos?
Assuntos irrelevantes e pensamentos
pouco interessantes, podem, todavia, distrair por alguns instantes, o que já
representa um pequeno benefício ao ser humano, altamente obediente à ordem de
produzir e consumir.
Abordagens da beira dos grandes temas de
inquietações humanas, podem, também, salientar algo importante do agir
cotidiano, a revelar traços mórbidos do mundo destas criaturas.
Como
a qualidade humana não provém desta doentia obsessão pelo trabalho, sugerir
algo, mesmo insignificante como escrever sobre gatos, tem, contudo, a
virtualidade de despertar outros pensamentos melhores, para não culminar em
Gatose, nome dado ao deslocamento da capacidade amorosa de pessoas humanas para
felídeos.
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