segunda-feira, 12 de maio de 2025

GATOSE 12 - Meiguice sedutora dos gatos

  

Na capacidade de denotar afeição a seres humanos, os gatos despertam encantamento, porque sua afabilidade e seu jeito carinhoso constituem o que os corações humanos carentes mais esperam: sinais de afabilidade e de ternura, na interação.

Nesta simbiose que gatos conseguem estabelecer com os humanos, - na característica que lhes é peculiar, - exercem um poder que fascina os humanoides, mas, também os seduz e os explora através do desfrute por dependência. Trata-se de um modo de interação, em que, ao se tornarem totalmente dependentes dos humanos, os gatos roubam os afetos que uma vez eram peculiares e precípuos entre seres humanos, sobretudo, de casais entre si e seus filhos.

Nesta sedução de se tornarem o alvo central dos afetos humanos, os gatos despertam o fenômeno da paixão exclusiva dos humanoides pela sua meiguice.

Como a meiguice felídea mexe com corações humanos, carentes, feridos e desencontrados, prende também toda atenção do seu entorno humano; e, os gatos, sabem valer-se deste poder sedutor para criar uma dependência de desfrute, que os leva a perder seus traços instintivos, mas, em compensação, lhes assegura carinho, cama, comida, amparo e conforto, uma vantagens invejáveis a qualquer outro ser vivo neste planeta que precisa lutar e correr riscos para sobreviver. Nem os papagaios, com suas encantadoras plumagens e suas falas humanas, aprendidas por repetição, conseguem tanta intimidade quanto os gatos.

Se a meiguice felídea assegura uma vida altamente burguesa aos gatos, ela, no entanto, gera um deslocamento de sintoma nos seres humanos. Estes, compensam nos gatos a meiguice raramente encontrada entre similares humanos, e deslocam o foco da pouca afetividade que ainda lhes resta, aos gatos. Ademais, como os felídeos esnobam meiguice, eles cooptam e prendem os corações humanos, a tal ponto, que estes vivem mais para os gatos do que corações felídeos vivem para os seres humanos.

Seriam os felídeos já coabitantes com pessoas humanas carentes, ainda capazes de aceitar menos correspondência afetiva por parte dos humanos, a fim de que estes possam voltar a manifestar mais meiguice entre si?

As suspeitas, são as de que, como já se trata de um desfrute por dependência, os felídeos já roubaram esta peculiaridade humana, pois, a canalizam e a absorvem precipuamente para a sua própria vantagem.

Como poderia ser imaginado o futuro desta interação, - tão mórbida e doentinha, -  da simbiose humanoide-felídea?

Tudo leva a crer que, pelo lado humanoide, a perda da capacidade dos seres adultos, de se emocionarem intensa e profundamente com novas criaturas humanas, vai degenerar a condição humana. Como o ato de “emocionar-se” com crianças que nascem, condição primeira e fundamental para a sua sobrevivência, a perda desta primeira condição vital vai causar muitas mortes e anomalias de conduta humana.

Se a nomobobia (distúrbio mental crônico de dependência a celular) já diminui a atenção de adultos para as crianças, a meiguice felídea vai acabar absorvendo o resto que sobraria para ser manifestado a nascituros humanos. Ademais, como os gatos se preenchem com o afeto humano, também vão perder a capacidade de procriar e conviver, emocionalmente bem relacionados com seus gatinhos.

Pode-se, pois, antever que gatos mimados ocupem o colo das mães, e bebezinhos carentes de afeto sejam amparados por cachorras ou alguma outra fêmea de sentimentos maternais. Talvez retorne a antiga condição da mitologia romana, de Rômulo e Rêmulo, criados por uma loba.

 

 

 

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