O daquela saudosa
infância,
Cheio de luz e boa
fragrância,
Ressoa nas boas
recordações,
Com encantos e ricas
emoções.
O dos nossos dias
hodiernos,
Já distante dos gestos
ternos,
Insinua felicidade de
consumo,
Como rol de um exitoso
rumo.
Apartado das raízes
ancestrais,
E dos sentidos
religiosos vitais,
Impõe a regra de
reciprocidade,
Para um consumo à
saciedade.
Bom para aqueles que
vendem,
E que suas condições
defendem,
Natal da economia de
mercado,
Significa ampliar o
vasto legado.
Ricos e pobres devem
consumir,
E num sonho próspero
subsumir,
Como um caminho de
liberdade,
E democracia de larga
saciedade.
Os milhões de seres espoliados,
Enxotados aos ermos
relegados,
Tem nos bolsos vazios e
desertos,
O indício de rumos
muito incertos.
Longe do memorial da
manjedoura,
E daquela significação
imorredoura,
Este Natal de consumo
desenfreado,
Irradia vasta alienação
por todo lado.
A mera reciprocidade de
consumo,
Sem os gestos para
inusitado rumo,
Obscurece a estrela
interpeladora,
Que aponta para a rota
redentora.
Se a pandemia coíbe
aglomeração,
Talvez faculte alguma
ponderação,
Para o significado de
um caminho,
Diferente do humano
descaminho.
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