sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

MODÉSTIA ASSUMIDA

 

 

Diante de desejos insaciáveis,

Procedimentos responsáveis,

Vencem a ordem consumista,

E abrandam fruição otimista.

 

Sem uma assumida modéstia,

 O olho de posse passa a réstia,

Para acumular bens e fortunas,

E desfrutar das largas turunas.

 

Sem barreiras para ambições,

Os humanos visam atribuições,

Que ultrapassam seu alcance,

E os induzem a um falso lance:

 

Pretendem ocupar um lugar,

Que permita ser um hangar,

Para plainar acima de Deus,

Sentindo-se perenes arceus.

 

O bom controle dos desejos,

Solta na vida largos ensejos,

Para diluir toda arrogância,

E desinflar exibida jactância.

 

A modéstia faz virtualidades,

Que obscurecem as vaidades,

E gestam meigas interações,

Com edificantes disposições.

 

Sem o domínio dos desejos,

Atormentam nos lampejos,

As posses do poder eterno,

Que a outros, causa inferno.

 

 

 

 

 

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