Enquanto a pandemia é categórica,
E obriga a mudar a nossa retórica,
Ante os hábitos e modos de lidar,
Também força a não nos adoidar.
No bom-senso para além da peste,
Vemos o estrago no meio agreste,
E a bagunça advinda da ambição,
Como a ameaça à nossa condição.
Requer-se sabedoria para mudar,
Com atenção para não defraudar,
O equilíbrio dos sistemas de vida,
Tão distante da visão enternecida.
O enfrentar nas situações difíceis,
Para novas condições mais dóceis,
Requer o cultivo das virtualidades,
Para superar a lida de banalidades.
Enquanto a outros é difícil mudar,
Temos a capacidade de deslindar,
A própria incoerência e revigorar,
O novo jeito para a vida equilibrar.
A expectativa de mudar os outros,
Com nossos conselhos já doutros,
Produz racionalização e resistência,
Que tão só degrada a convivência.
Necessárias modificações interiores,
Puxam as atitudes, crenças e
valores,
Para não visar e denegrir os
sujeitos,
Aos quais debitamos nossos defeitos.
A teimosia de querer mudar no outro,
Aquilo que nos parece tão desdoutro,
Impede percepção do próprio
limite,
Para reagir ao tão enganoso
palpite.
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