quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

AUTOCRÍTICA


 

Na capacidade analítica,

Simpática leitura crítica,

Induz a ser juiz carrasco,

E um legislador tarasco.

 

A rara riqueza empática,

Cede à relação enfática,

Aplica a dura sentença,

E aumenta a desavença.

 

No referente à autocrítica,

Salienta-se outra política,

Que visa autocondenação,

Com a perfeccionista ação.

 

Reconhecer próprios erros,

Antes de causar desterros,

Diante de defeitos alheios,

Não produzem gestos feios.

 

O poder da destrutividade,

O traço típico da maldade,

Revela fuga da autocrítica,

E deslocada ação política.

 

Autocrítica tão necessária,

Para maturidade ordinária,

Equilibra o nível emocional,

E enleva o estado espiritual.

 

Não somos nada indignos,

Nem inúteis ou malignos,

Ao reconhecer fracassos,

E começar novos passos.

 

Na doença perfeccionista,

A busca de êxito ufanista,

Nunca atinge a satisfação,

Porque se vê insatisfação.

 

Ser um crítico de si mesmo,

Mais do que julgar a esmo,

Constitui virtude humana,

Que respeita e não engana.

 

 

 

 

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