O contra-ataque aos nossos ataques,
De um pequeno vírus sem destaques,
Feriu a inaudita prepotência humana,
E detonou tática da guerra doidivana.
Enleou toda a sofisticada espionagem,
E cruzou os detectores da parolagem,
Para travar o ar de altivos guerreiros,
E até de inocentes e pobres obreiros.
Acertou o alvo econômico-financeiro,
Com o militaresco tão vil e arruaceiro,
E salientou a eficiência da sua tática,
Contra a tecnologia humana errática.
Hedionda guerra humana à natureza,
Finalmente delineou toda sua dureza,
Para receber ultimato e ordem radical,
E desnudar a sua atividade nada legal.
Obcecada pela felicidade do consumo,
Deteriorou a natureza como insumo,
E desrespeitou a rica biodiversidade,
Denegrindo-a com doida voracidade.
Assim o vírus confina a humanidade,
E lhe aponta premente necessidade,
De tornar-se mais humilde e cordata,
E agir na natureza de forma sensata.
A bioinvasão evidencia colapsologia,
Em que toda atrocidade sem elegia,
Encontra outra que reage ressentida,
Ante a ação predatória e desmedida.
Contra vetustas e barbaras invasões,
Uma destas procrastinadas tradições,
Humanos terão que haurir respeito,
Para não estragar seu excelso preito.
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