terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A BIOINVASÃO

 


O contra-ataque aos nossos ataques,

De um pequeno vírus sem destaques,

Feriu a inaudita prepotência humana,

E detonou tática da guerra doidivana.

 

Enleou toda a sofisticada espionagem,

E cruzou os detectores da parolagem,

Para travar o ar de altivos guerreiros,

E até de inocentes e pobres obreiros.

 

Acertou o alvo econômico-financeiro,

Com o militaresco tão vil e arruaceiro,

E salientou a eficiência da sua tática,

Contra a tecnologia humana errática.

 

Hedionda guerra humana à natureza,

Finalmente delineou toda sua dureza,

Para receber ultimato e ordem radical,

E desnudar a sua atividade nada legal.

 

Obcecada pela felicidade do consumo,

Deteriorou a natureza como insumo,

E desrespeitou a rica biodiversidade,

Denegrindo-a com doida voracidade.

 

Assim o vírus confina a humanidade,

E lhe aponta premente necessidade,

De tornar-se mais humilde e cordata,

E agir na natureza de forma sensata.

 

A bioinvasão evidencia colapsologia,

Em que toda atrocidade sem elegia,

Encontra outra que reage ressentida,

Ante a ação predatória e desmedida.

 

Contra vetustas e barbaras invasões,

Uma destas procrastinadas tradições,

Humanos terão que haurir respeito,

Para não estragar seu excelso preito.

 

 

 

 

 

 

 

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