Perceptível de longe e de perto,
Anda radiosa, de espírito aberto,
E se delineia no rumo contrário,
De tanto mecanismo temerário.
Sem arma de mecanismos cruéis,
É respeitosa mais que os vergéis,
E se orna com preciosa gentileza,
Para redimir a humana inteireza.
Objeto de primeira necessidade,
Afugenta a larga agressividade,
E dissuade o azedo mau humor,
Para espalhar lídimo pundonor.
Dilui docemente a razão de ser,
Porquanto leva a se enternecer,
E delega sabor vital à existência,
Para enchê-la de benemerência.
Como professora muito especial,
Repassa de forma tão imparcial,
Um modo de cuidado e de trato,
Que eleva o gesto com aparato.
Alivia incontáveis pesos alheios,
Com seus discretos saracoteios,
E gesta o milagre do belo sorriso,
Transformador do olhar indeciso.
Deixa estupefata a indiferença,
E remove a obnubilada crença,
Com o ânimo de palavra amiga,
Que contorna qualquer intriga.
Como a virtude de excelência,
Sabe dosar a nobre prudência,
Para espalhar rica integridade,
Na pífia ordem da iniquidade.
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