A tão divulgada intolerância,
Ajuda a ocultar a tolerância,
Já tão esvaída nas interações,
E eclode em parcos corações.
Sob a destrutiva intolerância,
Age solta a doentia ganância,
Com apoio da lei inquisidora,
Para expandir força inibidora.
Ante necessária coexistência,
Que explicita a impertinência,
Cabe reconhecer na diferença,
Marcas do ambiente e crença.
Triste é a digladiação religiosa,
Que motiva a postura raivosa,
Contra outras formas de crer,
A fim de em ideologias se ater.
Na defesa das grades e muros,
Com tantos juízos prematuros,
Vasto distanciamento forçado,
Alarga muito olhar escarceado.
A contradição da democracia,
É que trai o que tanto queria,
Pois, vive da briga partidária,
Com a vil ideologia arbitrária.
Assim a tolerância é desejada,
E, simultaneamente ejetada,
Da centralidade da interação,
Sem produzir boa inspiração.
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