quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

MINGUADA TOLERÂNCIA

 


A tão divulgada intolerância,

Ajuda a ocultar a tolerância,

Já tão esvaída nas interações,

E eclode em parcos corações.

 

Sob a destrutiva intolerância,

Age solta a doentia ganância,

Com apoio da lei inquisidora,

Para expandir força inibidora.

 

Ante necessária coexistência,

Que explicita a impertinência,

Cabe reconhecer na diferença,

Marcas do ambiente e crença.

 

Triste é a digladiação religiosa,

Que motiva a postura raivosa,

Contra outras formas de crer,

A fim de em ideologias se ater.

 

Na defesa das grades e muros,

Com tantos juízos prematuros,

Vasto distanciamento forçado,

Alarga muito olhar escarceado.

 

A contradição da democracia,

É que trai o que tanto queria,

Pois, vive da briga partidária,

Com a vil ideologia arbitrária.

 

Assim a tolerância é desejada,

E, simultaneamente ejetada,

Da centralidade da interação,

Sem produzir boa inspiração.

 

 

 

 

 

 

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