A memória
do natal de Cristo,
Em meio
ao pedido imprevisto,
Do
soberbo imperador romano,
Lembra o
procedimento insano.
Os pobres
e humildes vitimados,
Por uma
astuta lei conclamados,
Tiveram
que rumar por estradas,
Com suas
beiradas bem cercadas.
Cercas
protegiam propriedades,
Dos
latifúndios das veleidades,
A delimitar
no estreito caminho,
A
segurança de andejar sozinho.
A
escuridão do sistema perverso,
Advinda
de imperialismo adverso,
Obscureceu
o caminho inseguro,
No útero escuro,
ante um futuro.
Se a luz
estelar delineou a gruta,
Numa
realidade social tão bruta,
Nesta
saída forçada para Belém,
Indicou
um lugar sem ninguém.
A
segurança duma manjedoura,
Precária
para a nobreza de Deus,
Serviu,
modesta e acolhedora,
À ejeção
de uma luz redentora.
Qual
anseio teria o nascituro,
Do pobre
casal tão inseguro?
Sob a
estrela indo na frente,
Apontou-lhe
o rumo decente.
No
hodierno caminho difícil,
Os
cercados do sonho fácil,
Obnubilam
caminhos vitais,
Sem
estrela de luzes distais.
Muitos
humildes acham a luz,
Da
estrela da fé que reproduz,
Ânimo
para as rotas de Belém,
E dos
lumes que de lá advém.
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