quinta-feira, 9 de março de 2017

Quebra de fronteiras



A globalização do livre mercado,
Engoliu fronteiras por todo lado;
Corre solta por rumos e direções,
Isenta de obstáculos e de sanções.

Subleva autonomias e diferenças,
E interfere nos hábitos e crenças,
Para restringi-las a consumidoras,
Vorazes por novidades inovadoras.

Sem balizas e sem divisas de limites,
Liberam-se vastos e variados palpites,
Desde que não diminuam o consumo,
Do capitalismo obcecado num rumo.

Assim, políticos podem adornar-se,
E como nobre religião apresentar-se,
Para reafirmar caminhos redentores,
Como se fossem divinos portadores.

Vasto rol de pregoeiros da religião,
Ignora raízes da sua promulgação,
E transforma o discurso religioso,
Num sucesso político vertiginoso.

Na manipulação dos fiéis crentes,
Não existem recursos indecentes,
Pois todos podem tornar-se meios,
Para alcance dos políticos anseios.


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