quinta-feira, 23 de março de 2017

Carne fraca



Apropriaram-se de velho conceito,
Peculiar do machismo sem respeito,
Que se auferiu o direito de deflorar,
Toda mulher passível de conquistar.

Quando até a carne servida na mesa,
Oculta a corrupção de muita safadeza,
Requer-se esmerada busca pela sorte,
De achar líder forte para novo aporte.

Quando a adoração piedosa do capital,
Produz conluios contra um anseio vital,
De vivenciar decência com honestidade,
Pouco se pode esperar nesta sociedade.

Na centralidade das polpudas vantagens,
Falsas motivações de benéficas aragens,
Iludem com mentiras a vastidão humana,
E a expoliam sob o discurso que se ufana.

Na subliminaridade da mente tão forte,
De quem se arroga auferir a boa sorte,
Reina a mentalidade fraca e interesseira,
Que já nem viabiliza chance alvissareira.

A carne fraca das mentiras propaladas,
Amolece músculos de vidas desandadas,
E o banquete palaciano da carne forte,
Execra a vida dos retos numa má sorte.

Numa carne fraca de política tão fétida,
Já não vigora larga dedicação intrépida,
Para que o bem comum seja favorecido,
E a função preste o serviço enternecido.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>GUERRA E SUPOSIÇÃO DE PAZ</center>

    Como na antiga educação espartana, Motivação de guerra a todos irmana, Desde narrativas sobre chefes fortes, A treino para os mi...