Refém da gaiola que o tempo fabricou,
Vive do desejo infantil que já
desabou,
De que a retidão mudaria seu entorno,
E o mundo humano teria belo contorno.
A solidariedade e o bom entendimento,
Perpassariam como altivo monumento,
Toda a inovação da condição humana,
Para sacralizar toda a realidade
profana.
O caminho da escola revelou-se cruel,
E a vivência religiosa contrária da
fiel,
Revelou suas ambições sutis de poder,
E traiçoeiras batalhas para
sobreviver.
O alcance de patamares humanitários,
Capaz de deixar a todos bem
solidários,
Revelou somente disputa pelo
ascender,
Longe do caminho de se condescender.
No mimetismo das boas ações visadas,
Reina a luta vil de pretensões
ousadas,
Para desfrutar de honra e
precedência,
Distante da compaixão e da clemência.
A solidária partilha vira apenas
imagem,
Que aparenta sob a ostensiva
roupagem,
Um mundo de um salutar entendimento,
Mas que não reflete o real
acolhimento.
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