Diante dos
muitos profetas da desgraça, sabemos que a grande maioria sequer merece
crédito; mas, há cientistas sérios, que nos fazem pensar sobre o modo como
lidamos com o planeta. Stephen Hawking já preconizou uma porção de situações
alarmantes para chamar atenção de que a Terra merece tratamento mais digno do
que está recebendo. Nesta semana nos brindou com a conclusão de que, no atual
ritmo, a Terra sobreviveria no máximo mil anos.
Assim como
há fatores que despertam medos e inseguranças para o futuro, há também
proliferação de incontáveis utopias messiânicas. Umas são meramente
sensacionalistas. Outras decorrem de uma leitura consciente da memória
política, econômica e militar.
Para os
cristãos a utopia que mobiliza para tempos melhores, está em captar a melhor
aproximação possível do que Deus deve estar esperando da nossa condição humana:
não estragar este belo paraíso. Naquilo que já foi degradado, ainda resta
esperança de que novas políticas possam desacelerar o processo entrópico do
planeta, movido pela ambição humana e que acelera seu processo de penúria rumo
ao fim definitivo. Stephen Hawking aponta a necessidade de encontrar outros
planetas para a sobrevivência humana; mas, atinente ambição humana levará
outros planetas ao mesmo desfecho trágico da Terra.
Pouco ou
nada adiante entrar em desespero diante do pior possível, mas, a vigilância
cristã nos convida a uma ação efetiva para agir e fazer alguma coisa que está
ao nosso alcance em função de um relacionamento mais afetivo, respeitoso e
menos ambicioso.
Assim, nossa
perspectiva do aguardo do Senhor que vem, não se constitui nem em pânico e nem
em inércia de esperar que ele resolva os problemas humanos. Mas, o importante é
que o foco do final que aguardamos nos leve a agir positivamente e, o
referencial de Jesus Cristo nos serve de caminho e referência a ser seguido.
Não é um caminho fantasioso e irrealizável, mas, a irrupção concreta do jeito
de Deus manifestado em Jesus Cristo. Trata-se de uma utopia plena e
racionalmente viável.
Nesta
esperança messiânica é que podemos alimentar boas expectativas, apesar de fatos
humanos que nos assustam e nos desanimam, em alguns momentos, a respeito do
êxito da bondade diante das maldosas crueldades humanas.
Podemos,
pois, diante do que esperamos para o fim da vida, não apenas projetar a utopia
do que aguardamos, mas, também agir ordeira e conscientemente para que este fim
desejado se alargue no meio da condição humana.
Na antiga
imagem bíblica do monte santo de Deus, desejamos nós, que a presença de Deus
entre nós, permita agir sem o alvoroço de pânicos e de supostas desgraças.
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