O diabólico certamente não está no
feio,
Nem na traição da astuta forma de
enleio,
Mas, no belo que encanta, seduz e
fascina,
E que aponta alvissareira e
promissora sina.
Velha herança cultural insinua a
felicidade,
Como o fruto de expansiva
possessividade,
Mas não alerta para o secreto
magnetismo,
Que solapa toda amizade com
pedantismo.
A insensibilidade para os sentimentos
alheios,
Sejam de dores, limitações ou nobres
anseios,
Apresenta muito mais chifre e rabo de
capeta,
Do que as alucinações exploradas pela
silhueta.
O tempo do zelo em torno do
conquistado,
Desvia o foco da lealdade como rico
legado,
E estabelece o status para haurir
grandeza,
Sem os parâmetros da bondade e
inteireza.
Além de não propiciar a almejada
felicidade,
A possessividade alarga conflitos à
saciedade,
E inferniza a vida dos que anseiam
por gestos,
Não eivados de ambição ou de duros
doestos.
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