Nada mais avassalador nos dias
atuais,
Que a persuasão dos efeitos
especiais,
Provindos da substituição de objetos,
Assimilados como obsoletos e abjetos.
Na mobilização pela melhor novidade,
Desencadeia-se produção à saciedade,
Para a ansiosa demanda consumidora,
Que espera uma felicidade renovadora.
Felicidade atrelada ao máximo
consumo,
Constitui num desejo artificial um
sumo,
Capaz de impregnar ótimo sabor e
gosto,
À nova interação com o objeto
proposto.
O imaginário delega poder à
substituição,
Para despertar anseios da nova
sensação,
Como fonte de extraordinária
felicidade,
Capaz de conferir voz e vez na
sociedade.
O jogo da protelação exaure os
estoques,
E adia a fruição dos inovadores
retoques,
Porque a felicidade é sempre
deslocada,
Para adquirir a outra novidade
indicada.
Até pactos de sólidas e eternas
alianças,
Perdem no mesmo jogo as boas fianças,
E uma vez que podem ser substituídas,
Terminam sorrateiramente preteridas.
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