Nas asas do vento eivado de vida,
Voa a memória da história vivida,
Misturando componentes de fatos,
De dores, alegrias e feitos ingratos.
Na dramática passagem do parto,
A vida escancarou horizonte farto,
Para não sucumbir a riscos mortais,
E nem perder de vista sonhos vitais.
Da riqueza da socialização familiar,
Cresceu a capacidade de conciliar,
Vitórias e derrotas, sem desanimar,
E, partilha de dotes sem escoimar.
Das adversidades e duros embates,
Surgiram desnecessários disparates,
Mas também a síntese da prudência,
Para espargir compaixão e clemência.
Da farta bondade e sincera acolhida,
Veio a riqueza da dedicação renhida,
Em favor de mais sentido existencial,
E da solidariedade na dúvida crucial.
Ao lembrar a dádiva de precioso dom,
De poder viver e sonhar com algo bom,
Refaz-se a força que vitaliza o
esmero,
Por uma vida que geste bom tempero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário