De sutis a agudas e desesperadoras,
Multiplicam-se dores devastadoras,
Resultantes de orgânicas disfunções,
Ou de incontáveis outras injunções.
Se as físicas são tenebrosas e
cruéis,
Ainda mais doem os afetivos vergéis,
Que destroem pelo silêncio cortante,
Sem qualquer lenitivo anestesiante.
A ignorância do nome e da identidade,
Causticam muito mais que a
senilidade,
Pois ferem a memória e bons projetos,
E anulam a efetuação de atos
concretos.
Muito mais dolorida que a dor
sentida,
É a atrelada à superioridade
denegrida,
Regida por ambição cega de aparecer,
E desprovida do dote de se
enternecer.
A pervertida obsessão pela grandeza,
Engole sorrateira, a humana riqueza,
E transforma tanto serviço religioso,
Em mero meio para seu próprio gozo.
Se as técnicas, remédios e exercícios,
Oferecem tantos e variados benefícios,
Onde encontrar os modos valorizados,
Para priorizar serviços compartilhados?
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