sábado, 29 de outubro de 2016

Pirilampo



Com as chuvas emerges do fundo da terra,
E tampouco contas o que a vida ali encerra,
Mas pareces afinar tanto com a escuridão,
Que nem te atreves a ficar nesta claridão.

Embora sendo um besouro tão prendado,
De emitir intermitentes luzes no relvado,
Tua luminescência oferece pouco rumo,
E até aparentas estar fora dum aprumo.

Possivelmente teu voo tão desnorteado,
Apesar do luzeiro tão vivo e escancarado,
Não firma uma regularidade no trampo,
E sequer clareia o impropério do lampo.

Como você, vagueiam idiotas insanos,
Que geram sofrimentos e desenganos,
E as luzes parecem dos glúteos eclodir,
Sem jamais clarear momentos a decidir.

Nos voos sem rumos claros e definidos,
Tantos desnorteados ficam preteridos,
Porque a provisoriedade da iluminação,
Deixa horizontes inseguros na direção.



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