sábado, 29 de outubro de 2016

Lembranças



Sinais que expressaram um momento,
Para lembrar edificante procedimento,
Viram ícones sacramentais de um gesto,
De algum ato despretensioso e modesto.

Ao remeterem aos bons tempos passados,
Reativam múltiplos e memoráveis legados,
E ensejam não só o desfrute daqueles fatos,
Mas ativam ensejos de mais gestos sensatos.

Difícil é desfazer-se dos sinais milagreiros,
Carregados de gestos e de modos faceiros,
Que lembram o inefável transbordamento,
De satisfação e inebriante contentamento.

A ausência daqueles sinais tão simbólicos,
Causa perda e sentimentos melancólicos,
Porque sem demora se evade a memória,
Das pessoas e tempos de edificante glória.

Nem a memória dos recursos eletrônicos,
Recupera tão bem os significados icônicos,
Dos sinais que falam coisas bem diferentes,
E remetem a novos olhares benemerentes.




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