sábado, 8 de outubro de 2016

Mente poluída



Fanatizada por concepções pseudo-religiosas,
E motivada por noções essencialistas piedosas,
Ela se move no torpor da ausência do oxigênio,
E arrosta ser instrumento de um grande gênio.

Na segurança da posse de certezas absolutas,
Veicula o discurso de verdades nada argutas,
E se estabelece como mediação da verdade,
Para controlar os subservientes à saciedade.

Apela para a objetividade que não domina,
E sua grandiloquência somente dissemina,
Um proselitismo dos melhores e especiais,
Para atacar tudo quanto é feito pelos rivais.

Coloca sua ambição como medida de sucesso,
E se torna fervorosa mediação de um regresso,
A um presumido tempo de felicidades plenas,
Fantasiadas para controle das mentes serenas.

No arroubo de ser superdotada e milagreira,
Acha-se no direito de uma bênção altaneira,
Para uma vida econômica invejável e segura,
Como documento contra qualquer diabrura.

Resta saber até onde vai a ingênua maldade,
Que desperta séquitos de submissa lealdade,
Mas que não gesta a transformação religiosa,
Para uma vida ordeira de eficácia prodigiosa.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...