terça-feira, 11 de outubro de 2016

O gozo de alegrias




Tantos atos estão impregnados,
E pelo melhor gozo permeados,
Que o eterno anseio da alegria,
Sempre morre, nasce e se recria.

Nas afecções vitais do bom afeto,
Espera-se que venha a ser dileto,
Para quebrar o provisório finito,
E implantar um bem-estar infinito.

Se a constatação da alegria coibida,
Sempre evoca a tristeza desmedida,
Como eivar-se do causticante desejo,
De encontrar a alegria num lampejo?

Quando o gozo da alegria de cada dia,
É tão fugaz e some como pessoa vadia,
Resta apelar a fim de que o bom desejo,
Dela não se solte em nenhum remelejo.

Que ela fique para acompanhar os atos,
E povoe todos os sentimentos cordatos,
A fim de fruir na angélica e doce leveza,
O que entusiasma no meio da incerteza.



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