Tantos atos estão impregnados,
E pelo melhor gozo permeados,
Que o eterno anseio da alegria,
Sempre morre, nasce e se recria.
Nas afecções vitais do bom afeto,
Espera-se que venha a ser dileto,
Para quebrar o provisório finito,
E implantar um bem-estar infinito.
Se a constatação da alegria coibida,
Sempre evoca a tristeza desmedida,
Como eivar-se do causticante desejo,
De encontrar a alegria num lampejo?
Quando o gozo da alegria de cada dia,
É tão fugaz e some como pessoa vadia,
Resta apelar a fim de que o bom
desejo,
Dela não se solte em nenhum remelejo.
Que ela fique para acompanhar os
atos,
E povoe todos os sentimentos
cordatos,
A fim de fruir na angélica e doce
leveza,
O que entusiasma no meio da
incerteza.
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