sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Apupos


Com as vaias e gritarias do povo,
Parece que se vislumbra de novo,
A repetição das velhas patranhas,
De governantes em suas manhas.

Eles mesmos gritam por decência,
E aguardam merecida clemência,
Pelas irregularidades perpetradas,
Nas suas ambições já delineadas.

Protegem-se nos cargos e direitos,
E tentam imiscuir-se dos defeitos,
Para repassar a imagem bondosa,
Duma conduta ilibada e dadivosa.

O que importa é garantir a honra,
Mesmo que a tanta gente desonra,
E facilitar interesses corporativos,
Divulgados como sociais lenitivos.

Sabem que os apupos não agem,
Nas seguranças da sua miragem,
E nem maculam a fama do cargo,
Ou lhes causam dissabor amargo.

Assim, tão poucas coisas se renovam,
E tão minguadas situações se inovam,
Que sonhos de dias menos opressores,

Só aumentam o volume dos dissabores.

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