Proclamada como gestora de respeito,
Padece dum enrustido e grave defeito,
De aglutinar um conjunto de
exigências,
Eivadas as para próprias
aquiescências.
Veiculada como a instância da
retidão,
Para ponderar e delinear na prontidão,
Sobre a inteireza dos fatos
perpetrados,
Tende ao fim do desfecho para
agrados.
Prevalece mais o argumento
persuasivo,
Do que julgamento de um fato objetivo,
E nas entrelinhas dos muitos não
ditos,
Acha-se fundamento para os
interditos.
Injusta é a realidade de leis em
excesso,
Que permite provar qualquer processo,
Para livrar um réu da sua
culpabilidade,
Mesmo que agiu com explícita maldade.
Sobretudo as leis caducas e
inapropriadas,
Facilitam, aos espertos, apelações
variadas,
Que os isentam de virem a ser condenados,
Por evidências e atos por eles
perpetrados.
Como sonhar com paz duradoura e
estável,
Se as regras aplicadas a um quadro
instável,
Condenam os pequenos e cotidianos
delitos,
E ocultam as causas geradoras dos
conflitos?
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