Nestes tempos de estímulo afetivo
ilimitado,
Induzido por processo narcisista
exacerbado,
Predomina a mutabilidade das
experiências,
E a instabilidade de regras e de consistências.
Com a pornografia orientando o
imaginário,
Qualquer corpo atraente segundo o
ideário,
Merece ser curtido, desfrutado e deflorado,
Para a satisfação de um ego
ensimesmado.
No corpo prostituído e feito para
consumo,
O sagrado valor da vida familiar sem
rumo,
Já não desperta nem aprumo e nem opção,
Porque já é refém prisioneiro da
corrupção.
Corrompem-se os laços afetivos e
sexuais,
E a troca dos parceiros por razões
banais,
Propaga as crises sem caminho de
perdão,
E gera ódios veiculados em larga
profusão.
No fugaz que mata esperanças de
futuro,
Produz-se um processo humano
inseguro,
Apesar das ameaças e normas
coercitivas,
Sem qualquer inovação nas
perspectivas.
Tampouco a prática de fé e vida
religiosa,
Criam meios para superar a lida
piedosa,
De buscas para emoções
desequilibradas,
Sem elã para refazer alianças
esfaceladas.
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