A condição humana, frágil e ansiosa,
Depende de uma condição laboriosa,
Em torno de realidades inexistentes,
Almejadas do futuro e, já presentes.
O motor do porvir para a plenitude,
Anela nos anseios diante da finitude,
E pode causar medos e desencantos,
Que acuam para os pobres encantos.
No entorno tenso, cruel e perverso,
A esperança joga para lado anverso,
Para a sensação de uma vida intensa,
Longe do ódio, guerra e malquerença.
Quando uma vida intensa e agradável,
Requer atos para um sonho realizável,
Abrem-se muitos caminhos possíveis,
Sem o alcance de condições
indizíveis.
Se de um lado, desejo de bom futuro,
Gesta a destruição e domínio obscuro,
Pouca aposta na mediação da ternura,
É ativada para mediar saída da
agrura.
Quer-se política de interesse
imediato,
Que enleia, com mágico pulo abstrato,
A protelação dos sonhos acalantados,
Que ampliam desencantos frustrados.
Existem, no entanto, os compromissos,
Que não seguem os caminhos omissos,
E apontam para as reais possibilidades,
Duma vida com menos arbitrariedades.
Tempo de sete séculos antes de Cristo,
Aponta foco do messianismo benquisto,
Viável, longe no mecanismo da guerra,
Que tanto bom sonho de vida emperra.
Nada ao messianismo violento e
guerra,
Mas ao que alarga o jeito bom na
terra,
Que agrega para a alegria e a boa
festa,
Contra a maldade humana que molesta.
Longe das utopias políticas e militares,
Sensibilidade focada para
cordialidades,
Assegura sonho de vida do jeito de
Deus,
Sem humanos matarem congêneres seus.
A utopia para um mundo aliado a Deus,
Não é a das esperas dos fechados
“eus”,
Ou a das ações bélicas e dominadoras,
Mas, a que viabiliza ações
redentoras.
Vigilância do olhar atento para o
novo,
Que emerge e convoca para o renovo,
Antecipa alegria das boas
expectativas,
E se irradia como luz para as
iniciativas.
Sem esta expectativa, o olhar
deprime,
Porque não visualiza nada que redime,
E não encontra o horizonte do
sentido,
Para evadir-se do mundo todo
aturdido.
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