terça-feira, 2 de dezembro de 2025

RELIGIÃO COLONIZADA

 


Rigidamente atrelada ao sistema,

A religião, sob seu novo emblema,

Faz parte da produção utilitarista,

Para a promoção sensacionalista.

 

Colonizada e vitrine de exibição,

Agrega para o cultivo da emoção,

E, na lógica da atrativa utilidade,

Oferece emoção para a saciedade.

 

Sem a antiga função de agregar,

Para comprometer e se dilatar,

Sem discípulos e compromissos,

Fita evidências, sem os serviços.

 

A participação em celebrações,

Ou, nas religiosas promoções,

Rende prestígio e a visibilidade,

Com uma avantajada idoneidade.

 

Conta o festivo passo simbólico,

Sob o desfile vistoso e bucólico,

Sem perspectiva de conversão,

Mas, para uma gostosa emoção.

 

Possível encontro de formação,

Distante de qualquer conversão,

Vale só pelos rituais simbólicos,

Sem gestar horizontes católicos.

 

Assim, o vínculo com o sagrado,

Visa espetáculo de bom agrado,

E suposto compromisso se dilui,

Só no encantamento que se frui.

 

Ante nova mercadoria espiritual,

Atrativa, confortável e superficial,

Flexibilidade é condição sedutora,

Para atrair a presença devoradora.

 

Um ponto de agregação religiosa,

Atrai presença de pessoa curiosa,

E a prende só pela conveniência,

De bem-estar daquela experiência.

 

Sem a básica função socializadora,

A religião duma venda promissora,

Se torna descartável e dispensada,

Para procurar outra mais elogiada.

 

Emerge, pois, religião da apoteose,

Feita somente mera metamorfose,

Para sugerir absorção de consumo,

Sem construção de um novo rumo.

 

 

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