sexta-feira, 21 de novembro de 2025

JESUS COMO REI

 

 

Soa estranho falar de Cristo Rei,

Para a sobrante e pequenina grei,

Que se mobiliza num reino de fé,

No itinerário de Jesus de Nazaré.

 

Dos minguados reis lembrados,

Poucos deles ao serem sagrados,

Honraram os nobres juramentos,

E legaram ao povo bons alentos.

 

História de Israel aspirava um rei,

Para ser governado sob uma lei,

Como os povos do seu contorno,

Em palácio no jardim de entorno.

 

Desejavam ser ungidos por Deus,

Quais filhos de um rei dos judeus,

A perpetuar com a sua linhagem,

A mediação da divina mensagem.

 

Todos esqueceram as promessas,

E com suas declarações expressas,

Agiram em favor de seu interesse,

Para locupletar a própria benesse.

 

Ligar Jesus Cristo a este contexto,

Fornece extraordinário pretexto,

Para venerar o poder e submeter,

No quanto é possível de se meter.

 

O caminho de Cristo, longe de rei,

E avesso à exterior e dominante lei,

Ao enaltecer um itinerário de cruz,

Virou símbolo edificante que reluz.

 

A sua grandeza, expressa na cruz,

Revelou a reconciliação como luz,

Seu modo de ser, mais que de rei,

Reata toda fraqueza para nova lei:

 

Seu modo de ser ao se implantar,

Inaugura aqui na terra o novo lar,

Do Deus bom agindo nas pessoas,

Para produzirem interações boas.

 

Seu alcance ultrapassa olhar físico,

E anima todo o desanimado tísico,

A se sentir colaborador do Reino,

Requerente dum constante treino.

 

Treino e rota de progressividade,

Na solidária e humana bondade,

Para bem de todos sem exclusão,

Que abre o caminho de redenção.

  

Reinança encarnada na realidade,

Aponta esta outra prosperidade:

Não a de alguns reis afortunados,

Mas, de todos os seres bem dados.

 

Chamar Jesus como rei é o avesso,

Do perfil daquele reinado travesso,

Que promete uma coisa e faz outra,

Adia e protela esperada ação doutra.

 

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