quarta-feira, 19 de novembro de 2025

BENDITO DINHEIRO

 

 

Sob o status mais altaneiro,

No topo do vistoso outeiro,

Brilha o reluzente símbolo:

O vistoso e fascinante ídolo.

 

Tão necessário na interação,

E tão anelado para provisão,

Impregna grandes religiões,

E tantas ateias proposições.

 

Tornou-se elã das religiões,

Mais que religiosas razões,

A mediar eventos e festas,

Contra as coisas molestas.

 

Mediador tão beneficente,

Deixa tanta gente contente,

Mas, mina o diálogo e paz,

Para distinto fito que apraz.

 

Se por um lado une crenças,

Gera múltiplas desavenças,

Que roubam a fraternidade,

E aumentam a animosidade.

 

Ocupa o lugar de destaque,

E gesta o genuíno sotaque,

Que fala mais que memória,

E valiosa síntese da história.

 

Faz assimilar a graça haurida,

Não pela ação compadecida,

Mas, pelo acúmulo precioso,

Do poderoso deus dadivoso.

 

Visto como bênção e graça,

Em nada repara a desgraça,

Mas apenas o que enriquece,

Como a graça da boa messe.

 

Adora a lógica do mercado,

Mas, o Cristológico recado,

Que não brilha qual moeda,

Se vê em progressiva queda.

 

Sem uma luz interior de fé,

Religião, qual onda de maré,

Endeusa larga prosperidade,

Como seu agir na sociedade.

 

Some religião da gratuidade,

E cresce ódio com inimizade,

Que em nome de Deus mata,

E por lucro e grana desacata.

 

 

A iminência de festa natalina,

Travestida numa ação sovina,

Esquece o seu aniversariante,

E idolatra dinheiro mandante.

 

A centralidade do Papai Noel,

Presta-se ao ideológico papel,

Do deus para mero consumo,

Aquele religioso suprassumo.

 

 

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