Ser bonito, gostoso e cheiroso,
Virou um emblema primoroso,
Para cultivo do belo simulacro,
No fito de atrativo ambulacro.
Distante da identidade coletiva,
Da grata disposição colaborativa,
Reina império da boa aparência,
Da força de propalada influência.
Sob a imagem hiper-idealizada,
Para ser largamente aquilatada,
A aparência como miolo da vida,
Move a razão de luta aguerrida:
Que aparência bem consumida,
Permita oblação da própria vida,
Objeto para desejo e consumo,
Como artigo midiático de sumo.
Importa assim larga visibilidade,
Mantida na precípua finalidade,
De aumento dos consumidores,
No gosto dos exóticos pendores.
Paraíso visível a influenciadores,
Aponta conforto a devoradores,
Ao realizar os projetos pessoais,
E torna-los armas contra rivais.
O ser mais atraente e sugestivo,
Submete às tiranias do lenitivo,
Do conforto a requerer compra,
Da infinita lista de tele-compra.
Morte programada ao coletivo,
Na imagem pessoal de lenitivo,
Facilita novo tecnofeudalismo,
A espoliar no imagético cinismo.
Aparência que simula exploração,
Enterra sentimentos do coração,
Gera uma escravidão da imagem,
Para a induzida e sonhada viagem.
Empregada de um poder oculto,
A imagem venerada como culto,
É só o marketing para consumo,
De reféns a comprar sem rumo.
A idealização da hiper-realidade,
Imagem atraente para saciedade,
Faz dos influenciadores o objeto,
Para o cego consumismo abjeto.
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