Encontram-se em lugar comum,
E suas eiras dilatam seu jejum,
Para unir-se no rol do privilégio,
A favor dum indizível sortilégio.
Itinerário de grandioso templo,
Em fala sobre Deus, o exemplo,
Permite atribuições feitas a Ele,
Como ordens que vieram Dele.
Neste vício, o falado como Lei,
Cobrado rigorosamente da grei,
Auto-absolutiza poder religioso,
Como divino legado auspicioso.
Manipula Deus, oculta interesse,
Pelos atos favoráveis a benesse,
Para normativas de pureza legal,
E os ditames sobre a vida moral.
Pelo Sagrado, ele gera divisões,
Pauta os jejuns, muitas abluções,
E aplica um poder discriminador,
Para submeter e elevar seu favor.
Ante religião desta envergadura,
Jesus foi subversivo, linha dura,
Para enfatizar o corpo humano,
Contra um autoritarismo insano.
O poder religioso, feito absoluto,
Veiculado como meio impoluto,
Valoriza o templo como espaço,
Como pulsar de Deus no repasso.
O templo grandioso e enfeitado,
Para oferecer a Deus um legado,
De inquietações e de propósitos,
Define os reais augúrios insólitos.
O que não deveria ser preterido,
É o lugar do corpo enternecido,
Feito o belo altar para oferenda,
Do Deus peregrino nesta tenda.
Quando um animador de culto,
Cultua e venera o próprio vulto,
Eleva poder da modesta função,
Para elevar sua auto-promoção.
Sem carreira de legalista da Lei,
Nem de ação sacerdotal na grei,
Jesus intuiu que poder religioso,
Também sustenta perfil perigoso:
Desviado da função, pode dividir,
Submeter, espoliar e discriminar,
Para tornar-se absoluto no poder,
Sem ser favorável ao enternecer.
Possam os belos templos irradiar,
Capacidade hominídea de irmanar,
O templo corpóreo com o da terra,
Sem os ódios e armas para guerra.
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