quinta-feira, 27 de novembro de 2025

FÁBRICAS DE MEDO

 


Exitosas na produção de enredo,

Cultivam o seu genuíno segredo:

Uma produção de muitos medos,

Para garantir visados arremedos.

 

Prestaria o medo para negócio?

Seu retorno garante bom sócio,

Para eliminar todo o adversário,

Visto como o perigoso corsário.

 

Na lógica de eliminar o inimigo,

Aprova-se todo e amplo fustigo,

Ao possível adversário político,

Pelo potencial efeito apodítico.

 

Um medo jogado na sociedade,

Que ameaça protegida lealdade,

Deve ser combatido com armas,

A garantir as protetoras carmas.

 

O medo do inimigo imaginado,

Acua para esperar auxílio dado,

Dos que, pela paz e a proteção,

Se movem na sumária execução.

 

Assim, massacres são aplaudidos,

E, heróis matadores promovidos,

Para que uma eficácia de medos,

Permita outros similares enredos.

 

Com a consciência larga e diluída,

O medroso tolera toda bruta lida,

Contra os declarados terroristas,

Com as transgressões aprioristas.

 

O inimigo, refém de uma lógica,

Requer acima de tudo, retórica,

De três características peculiares:

Esquerdista desde os seus pilares;

 

Depravado traficante e terrorista,

E no rol do arquétipo triunfalista,

Usa-se a linguagem empolgante,

Para justificar heroísmo gigante.

 

Exalta-se todo o cidadão do bem,

Que deixa de se sentir um refém,

Do vasto exercício da impunidade,

Para tolerar tácita arbitrariedade.

 

Na ditadura sutil de impor medos,

Subjazem táticas vis, com os dedos,

Bem mais propensos para o gatilho,

Do que para o humanitário brilho.

 

A eficácia desta exitosa indústria,

Longe de perdoar e aliviar angústia,

Agrega pífia paz romana de armas,

Nas falas, com ameaças bisarmas.

 

É a violência silenciosa e simpática,

Que legitima qualquer ação errática,

Em nome duma suposta segurança,

Não das pessoas, mas da lambança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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