quarta-feira, 19 de abril de 2017

Prosperidade democrática



Vista como fim dos reinados,
E de privilegiados condados,
A reinança do poder do povo,
Foi adorado como algo novo.

Na prática pouco participativa,
Uma delegação representativa,
A agir em nome de subalternos,
Sentiu os poderes sempiternos.

Fixou a onipotência da função,
Para alargar a vasta ambição,
De garantir polpudos direitos,
Sem a autocrítica dos defeitos.

Longe do anseio de multidões,
Criou problemas aos montões,
E tornou-se cega aos clamores,
Dos insatisfeitos reclamadores.

Divulgou bem a noção unívoca,
Da oferta redentora inequívoca,
Do único caminho da sociedade,
De propiciar a efetiva felicidade.

No submundo real do produzido,
A representatividade do induzido,
Não gestou ascendência humana,
Porque a falácia avivou-se insana.






   

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