Antiga passagem
comemorada,
Da opressão para terra
desejada,
Nas recordações daquele
evento,
Propiciava vasto
contentamento.
Na certa o mesmo amor
de Deus,
Não deixaria jamais os
filhos seus,
Retornar ao estado de
sofrimento,
Porque lhes recriava novo
alento.
A festa refazia a
sofrida memória,
Dos tempos duma árdua
vitória,
E remetia a uma grata
satisfação,
Com a virtualidade para
a nação.
Na ceia celebrativa da
memória,
Recriava-se o sentido
da história,
Pois a passagem do amor
divino,
Fazia o povo sentir-se
peregrino.
O processo deturpador
da festa,
Fez da ceia a refeição
indigesta,
Que passou a mobilizar
a morte,
Para assegurar a
vantajosa sorte.
Assim a manifestação
salvadora,
Sacrificada como
perturbadora,
Foi eliminada como desordeira,
Numa forma nada
hospitaleira.
Visto como o avesso à
tradição,
Revelou, contudo, a
superação,
Do legalismo religioso
exterior,
Nos sinais de um amor
superior.
Sua passagem deu novo
sentido,
Que atualizou o motivo
preterido,
De celebrar o amor não
merecido,
Do Deus revelado e
compadecido.
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