quinta-feira, 13 de abril de 2017

Jejuar


Um velho arquétipo cultural
Recria-se como doença viral,
E condiciona o jejum judaico,
A movimento onomatopaico.

Peixe em vez de carne bovina,
Mais que mortificação sovina,
Representa a fruição saborosa,
De alimentação boa e vigorosa.

O cardápio de ingestão salutar,
Tão aprazível para se degustar,
Nada acrescenta à abnegação,
Para qualificar uma boa ação.

Um apelo dos antigos profetas,
Para superar as ações abjetas,
Indicava um jejum de coração,
Para inibir toda a malversação.

Um jejum de raiva nas relações,
Cria beneméritas antecipações,
Para uma fraternidade efetiva,
Sem uma estratificação seletiva.

Jejum escrupuloso de aparências,
Não suprime vastas incoerências,
Duma religiosidade de simulacro,
A denegrir valioso preceito sacro.





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