quinta-feira, 27 de abril de 2017

Odores mefíticos



Quando os esquemas políticos,
Eivados de conluios mefíticos,
Querem efetuar valiosas obras,
Já nascem fedidas de manobras.

A prioridade das boas vantagens,
Para as suas próprias safadagens,
Obriga a ocultar a fonte mefítica,
Para desviar toda possível crítica.

Ao desnudar-se sua traquinagem,
Que perverteu sua reta imagem,
Mesmo com seus odores fétidos,
Querem passar-se por intrépidos.

Volatizado todo o efeito nefasto,
Do aumento ao necessário gasto,
Resta ao espoliado pagar o custo,
Do atrevimento danoso e injusto.

Na pérfida camaradagem dadivosa,
Sempre aparece a pessoa mimosa,
Beneficiária das fartas vantagens,
E que reforça as vis patranhagens.

Os acostumados a serem iludidos,
Mesmo bem logrados e preteridos,
Ainda ficam inertes e acomodados,
A esperar o ensejo de bons legados.








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