terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ambições



Amplas e fugazes como as estrelas no céu,
As ambições levam a distâncias incontidas,
Mas, sempre acabam deixando ao léu,
Muitos bens, horizontes e pessoas preteridas.

Forças dinâmicas que movem à auto-transcendência,
Constituem também força diabólica na convivência,
Quando desprovidas do fervor de motivações humanitárias,
E degradam, na maldade, mais que as deficiências planetárias.

Quando unidas em torno das causas edificantes,
Agregam forças, desde as escondidas entranhas,
Mas, diante dos insondáveis seres vacilantes,
Submetem-nos ao rigor das formas mais estranhas.

Se forças religiosas e éticas não as contêm,
Diante da perda gradual de solidariedade,
Impulsos muito mais vigorosos lhes advêm,
Das propaladas estimulações à saciedade.

Se as ambições desmedidas fazem mal,
As excessivamente contidas paralisam os sonhos,
E prejudicam de forma também descomunal,
Causando ineficácia e parasitismos medonhos.

Rutilantes como os sutis e intensos raios solares,
Borbulham fagulhas de ambição pelos ares,
Suspirando por anseios de vida em tantos lugares,
Para o alcance dos bens e gestos mais elementares.

Onde achar equilíbrio que leve a desejar,
Ante tudo quanto é apresentado ao imaginário,
Que não implique em humanas pessoas enquadrar,
No rol da negação ou do desfrute solitário?

No efeito gestado pelas ambições desvairadas,
Braceiam incontáveis almas desanimadas,
Esperando minúsculos sinais de fulgor,
Que possam ajudar a integrar sua insana dor.

Movidas pelo coração,
Conseguem as ambições,
Amenizar a humana monção,
De incontáveis destruições.



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