Sem placa a indicar os rumos,
Está o motorista sem prumos:
Avançar reto parece inseguro,
E seguir para lados, um apuro.
Ir à esquerda já não liberta;
Para direita, aposta incerta.
Informantes orientam mal,
E não indicam direção vital.
Governos centro-esquerda,
Dirigem numa forma lerda,
E submetem como a direita,
Ao autoritarismo de afeita.
Rota esquerda como direita,
Aponta a perigosa patologia,
Da depressão que não ajeita,
Conviver, na ordeira alegria.
Os dois caminhos projetados,
Pelo Liberalismo iluminados,
Apontaram o êxito da razão,
Para mover o brilho da ação.
Mesma política imperialista,
Asfaltou a horizontal pista,
Ornada de armas e soldados,
A apontar tiros para os lados.
Na prática cruel da escravidão,
Tolhem toda a humana razão,
E no pânico controlam o povo,
Sem apontarem o rumo novo.
Vivem da psicose de felicidade,
Adiada e protelada à saciedade,
Na confiança do farto dinheiro,
Do império pelo mundo inteiro.
As duas direções desintegram,
E as ordens vigentes almagram,
Em genocídios e vis migrações,
Para a vigência das obsessões:
Com precarização do trabalho,
Fragmentam ao indicar atalho,
E deixam o caminho da solidão,
Como única via para a direção.
Faz falta outro traçado da rua,
Ainda que o trânsito não flua,
Mas, que leve a nova fruição,
Da vida social, em sofreguidão.
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