Quando a convivência humana,
Foca labuta que pouco irmana,
Revela os horizontes perdidos,
De sentimentos empedernidos.
Uma polarização que sectariza,
E aos considerados bons elitiza,
Produz rotulação da vida alheia,
E julga com a fala de boca cheia.
Parábola de Cristo sobre pai bom,
Apontou misericórdia como dom,
Concedido a relegado e excluído,
Como a legalista todo fementido.
Se grave pecado de filho errante,
Ensejou uma compaixão radiante,
Mais compaixão requeria o erro,
Do puritano em religioso aferro.
Uma noção farisaica de impureza,
Negava a estrangeiros a inteireza,
De participarem da sua vida social,
Por preconceito de exclusão total.
Alegria pelo retorno de filho vivo,
Num rol de puritanismo exclusivo,
Queria abrir largo acesso a Cristo,
Sem enquadrar em superado cisto.
Amparo na velha lei exteriorizada,
Condenava a celebração afiliada,
De quem reintegrava os excluídos,
Afastados por religiosos bramidos.
Irrepreensíveis nos mandamentos,
Do detalhismo exterior de intentos,
Muito mais pecador que os demais,
O farisaísmo vivia dos exteriores
ais.
Imagem do filho afastado que volta,
Clama à cega legalidade, reviravolta,
Na teimosia sem mínima compaixão,
Para misericórdia com bondosa ação.
Nos distantes da afiliação com Deus,
Revelou-se, que na ação de fariseus,
Longe do Deus bom a todos os seres,
Estava apelo para outros procederes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário