segunda-feira, 17 de março de 2025

CONFORMISMO RELIGIOSO

 

 

Quando a economia da acumulação,

Degrada vida humana em profusão,

Corrói perspectivas de mundo bom,

E alarga fala religiosa de falso dom.

 

Se milhões se declaram seguidores,

De midiáticos e falantes pregadores,

Nos apelos a conformismo religioso,

Brilha decadência do rumo virtuoso.

 

Na quaresma sem apelo de redenção,

Diviniza-se largo sacrifício sem ação,

E ignora-se mundo decadente visível,

Para culpar estado subjetivo sofrível:

 

Penitencia e jejum ajeitam o interior,

E o sacrifício para seu belo esplendor,

É indicado como remédio todo eficaz,

Para conformidade que a Deus apraz.

 

No reforço da dor, meio de salvação,

Protela-se, na Páscoa sem redenção,

Toda e qualquer ação efetiva e social,

No sistema perverso de ação abissal.

 

Seguir guru sem rumo de libertação,

E sem um evangelho da convocação,

Produz uma religião que se submete,

À subserviência do capital de topete.

 

Enquanto este cristaliza destruição,

O sacrifício do suposto bom cristão,

Nada acrescenta a serviço redentor,

Do planeta ferido, gemendo na dor.

 

Legitima-se a ruína, vista como prova,

Para depurar a alma que nada renova,

E a visível ruína do planeta decadente,

Segue seu processo com fiel contente.

 

Mesmo sob o itinerário da sua morte,

O penitente quaresmal adora a sorte,

Da orientação de iluminado pregador,

Um categórico e diretivo conservador.

 

 

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