A memória de antigos impérios,
No atual quadro de impropérios,
Faz entrever lógica imperialista,
De dura tendência universalista.
Nos pretendentes mais audazes,
Transluzem as táticas mordazes,
Para que todos se curvem ao rei,
Do pensamento único como lei.
Desejo imperial a ser respeitado,
É a regra oficial para todo o lado,
E os não enquadrados na ordem,
Estão cientes do quanto perdem.
O ataque aos de gênero especial,
Na apelação do valor tradicional,
Apela a traços do “sacro império”,
Como referencial do bom critério.
Muita Bíblia, sem seu Evangelho,
Justifica um reacionarismo velho,
Do onipresente fantasma fascista,
Que pervaga direito de conquista.
Tudo precisa depender do chefe,
Mesmo sob seu alucinado blefe,
E ninguém pode desferir críticas,
Mas, apenas reproduzir mímicas.
Estrangeiros, tidos por criminosos,
Expulsos em tratamentos raivosos,
Ajustam o nacionalismo fanatizado,
Todo atrelado ao império sagrado.
O incentivo às famílias numerosas,
Aponta as vastas sequelas danosas,
Dum cruzamento com outras raças,
Ante a pureza imperialista de graças.
Sob o valor absoluto e mais sagrado,
Fita-se extrema direita como legado,
E, como único caminho de salvação,
Na contingência da nossa condição.
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