domingo, 16 de março de 2025

ENTRE PASSADO E ESPERANÇA

 

 

Como pássaro a equilibrar o voo,

Bate asas para melhor sobrevoo,

Nossa condição requer lampejo:

Ajustar asas do passado e desejo.

 

Voo exitoso requer as duas asas,

Sem memória as elevações rasas,

Não satisfazem boas aspirações,

E nem clareiam as elucubrações.

 

Apenas desejos sem fundamento,

Não ensejam algum bom alento,

E fazem voos espatifar-se no chão,

Se estiverem esvaídos de tradição.

 

A religião e política de nossos dias,

Revelam as assustadoras maestrias,

De organização pela asa do passado,

E produzem mal-estar por todo lado.

 

Povoam crenças no foco do passado,

Cheios de nostalgia sem novo recado,

Para refirmar o seu conservadorismo,

Sem esperança e prenhe de cinismo.

 

Exaltação dos modelos tradicionais,

Preenche discursos e rezas oficiais,

Mas apenas romantiza o passado,

Como o pleno e feliz a ser reatado.

 

Sem a crise econômica e climática,

A proposta, torna bela e simpática,

Toda a argumentação ao regresso,

De um tempo exitoso de progresso.

 

Líderes político-religiosos apregoam,

E com a mídia largamente atordoam,

Esperanças vulgares a afirmar poder,

De facções rivais na disputa do crer.

 

Nacionalismos cristãos nada justos,

Exaltam mórbidos líderes augustos,

Como caminho plausível e redentor,

Enquanto ratificam o ato espoliador.

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