segunda-feira, 10 de março de 2025

CAMINHOS NO DESERTO

 

 

Povos nômades do Oriente Médio,

Não tiveram recursos de remédio,

Para aprender a andar no deserto,

Onde todo o rumo parece incerto.

 

Aprendiam, em dura experiência,

A deslindar rumos com paciência,

Que lhes assegurassem travessia,

Nas rotas que requeriam ousadia.

 

Aprendizagem paulatina na lida,

Criava arcabouço seguro de vida,

A fim de contornar fome e sede,

Com aquilo que deserto concede.

 

Frutos da tamareira, pão do céu,

Foco de segurança contra o léu,

Requeria memória e esperança,

Para andejo seguro na confiança.

 

O rosto velado contra sol e areia,

No olhar astuto e sangue na veia,

Delineava no caminho a ser feito,

A certeza de encontro satisfeito.

 

Nossos dias, sem lidas desérticas,

Sugam tantas ofertas simpáticas,

Que nada ajudam a definir rumos,

Para ajeitar-nos em bons prumos.

 

A baliza no deserto da existência,

Nada ingênita para clarividência,

Requer aprendizagem das rotas,

Para travessia com as boas frotas.

 

Cada sujeito, perante seu deserto,

Não tem o caminho pronto e reto,

Mas pode aprender a percorrê-lo,

Sem que este possibilite tolhe-lo.

 

Olho focado par além do deserto,

Faz caminho engendrar-se perto,

Para escolha necessária e valiosa,

Duma vida como graça dadivosa.

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>GUERRA E SUPOSIÇÃO DE PAZ</center>

    Como na antiga educação espartana, Motivação de guerra a todos irmana, Desde narrativas sobre chefes fortes, A treino para os mi...