De procedência infecciosa,
Ou duma agressão raivosa,
Requer o agir terapêutico,
Com recurso farmacêutico.
Higienizar e limpar a ferida,
Tarefa geralmente aturdida,
Dá a chance à recuperação,
Para exitosa transformação.
Nas inúmeras feridas sociais,
Aplicam-se sentenças banais,
Sem a terapêutica favorável,
Para restauração admirável.
Sobram incontáveis feridas,
Em posturas empedernidas,
Indispostos para agir na dor,
Sem um solidário pundonor.
O sinal das feridas de Cristo,
Lembra o seu agir benquisto,
Com real dificuldade de crer,
No seu distinto modo de ser.
Tomé lembra tal fragilidade,
De crer em Jesus divindade,
Sem humanidade redimida,
Nem atividade enternecida.
Sem atuar na comunidade,
Tomé viu sua parcialidade,
E não experimentou Cristo,
Porque sequer o tinha visto.
Tomé havia se negado crer,
E os testemunhos absorver,
Mas, junto na comunidade,
Sentiu um Jesus de bondade.
Ao captar bom clima de fé,
Declara-se ao filho de José,
Como seu Senhor de Deus,
A querer bem a filhos seus.
Clima da comunidade de fé,
Faz olhar para ferida como é,
E leva a alegrar-se no Senhor,
Para além da ação do terror.
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